Dez 17 2004
PELOURINHO 2004 – OS Prémios -2-
PERSONALIDADE DO ANO (ALENTEJO)
Pelourinho d’Ouro – Miguel Ramalho
Constituiu surpresa para a maior parte dos academistas o facto de ter sido o Presidente da Academia a lançar este nome para votação. Sabendo-se das divergências políticas que ambos têm demonstrado, não se esperaria que o Presidente da Academia sugerisse o nome de um militante do Partido Comunista para o máximo galardão na modalidade de “Personalidade do Ano – Alentejo”. O porta-voz da Academia explicou que a proposta foi bem fundamentada “pois considera-se Miguel Ramalho o tipo de político que qualquer Partido gostaria de ter. Convicto nos seus ideais, nunca questiona as orientações dos camaradas da cúpula do PCP, nunca se lhe ouviu um lamento ou divergências com o patronato municipal e é um cidadão familiarizado (palavra difícil) com os problemas da sua terra. Sendo presidente de uma Junta de Freguesia urbana, é, no entanto, no mundo rural que Miguel Ramalho se sente melhor. Por isso tem dedicado todo o seu tempo ao Penedo Gordo que, graças a Miguel, é hoje um pólo de desenvolvimento no Alentejo, um exemplo de progresso e bem-estar e as suas gentes jamais esquecerão o que Miguel tem feito por elas. A ele se deve também a defesa abnegada da intervenção POLIS, pois foi na sua Freguesia que o povo mais beneficiou das obras que transformaram a cidade. Por estas (e outras) razões, leva Miguel Ramalho um Pelourinho d’Ouro.
Porém, o Presidente da Academia sugeriu que se atribuísse mais algum prémio a Miguel Ramalho, para assim o diferenciar dos restantes galardoados. Por isso, será dado o seu nome a uma Praceta existente no Bairro da Cooperativa, local que também é muito caro a Miguel Ramalho, para que os ali residentes nunca esqueçam o nome do Presidente de Junta que tudo tem feito para que aquela zona da cidade se torne num segundo Penedo Gordo.”
Apresenta-se aqui fotografia da “Praceta Miguel Ramalho”. A Academia aplaudiu a escolha e viram-se na sala algumas lágrimas de emoção.
Praceta Miguel Ramalho
Pelourinho de Prata – Senhora de Miguel Ramalho
A Academia considerou que “atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher. E porque a senhora, de seu nome Susana, também ela uma militante comunista, tem sabido apoiar o seu Miguel nesta caminhada autárquica, dando-lhe todo o apoio e as ferramentas necessárias para um bom trabalho, decidiu a Academia igualmente premiá-la. Sabe-se que Susana tem também algumas responsabilidades na gestão da coisa pública, pelo que se considera da maior justiça a atribuição deste Pelourinho de Prata.
A sugestão de se lhe atribuir um título honorífico (por exemplo, 1ª Dama do Penedo Gordo), não caiu bem junto de alguns Academistas, pelo que o Presidente mandou retirar de imediato esta proposta, adiantando que “com um Pelourinho de Prata fica muito bem”.
A Academia aplaudiu também sonoramente esta escolha.
Pelourinho de Bronze – (não atribuído)
Pelourinho de Mármore – José Raul dos Santos
“Pela sua defesa altruísta dos interesses regionais. Ninguém como o autarca de Ourique tem sabido levar aos gabinetes ministeriais (principalmente nos últimos 4 meses) as melhores soluções para o desenvolvimento do Baixo-Alentejo e do Distrito de Beja. Apesar de militante do maior Partido da coligação governamental, não reclamou por nenhum lugar ao Sol, preferindo servir a população que o elegeu como Presidente de Câmara, onde desenvolveu um trabalho meritório, que colocou Ourique no mapa das estradas de Portugal, mercê de um Itinerário Principal que José Santos não quer ver afastado da sua Vila. Por isso este Pelourinho em mármore, onde o autarca pode ir pendurando os seus adversários, a maior parte dos quais seus companheiros de Partido.
Os academistas prestaram uma forte ovação à escolha efectuada.
Pelourinho de Madeira – Vereadores do PS na Câmara de Beja
Um prémio a repartir por 3 personalidades que “graças ao seu interesse no desenvolvimento do concelho, têm sabido levar o progresso às freguesias rurais, destacando-se a sua luta “1 freguesia = 1 dumper” como das mais nobres facetas da política local. Conscientes da superior necessidade de cada freguesia dispor de um Dumper, fizeram a sua batalha para atingir aquele objectivo, que culminou no “chumbo” do orçamento camarário (por outras razões também), não aceitando a proposta presidencial de se contentarem com uma retro-escavadora. Certamente que um dia, e sabe-se que uma batalha perdida não significa a derrota na guerra, quando estes vereadores tiverem o poder de decisão, as nossas freguesias conhecerão o que é o bem-estar e o progresso, pois os dumpers serão o garante das legítimas aspirações dos fregueses rurais”.
Na plateia ouviram-se alguns assobios, que não ofuscaram o brilho desta escolha.
17 de Dezembro de 2004 às 11:02
eu também quero um dumper lá para a minha freguesia … ouvis-te Miguel Ramalho???? Parabéns pelas escolhas, fartei-me de rir. O Miguel merece os elogios.
17 de Dezembro de 2004 às 15:03
Eu estou em Évora, mas aqui também há vereadores do ps na Câmara e ainda não temos nenhum “dumper”. Venho propôr que a estrutura do Partido reuna e explique há população de Évora porque é que aqui não temos direito a “dumpers”. E muito bem explicadinho porque estamos sem saber em quem havemos de votar… Como não percebemos nada do que se passa nem lá para Lisboa, nem tão pouco na Praça do Giraldo, pode ser que se comprenda se descermos ao nível das freguesias agraciadas. E da graça se faça luz. E da luz votos.