Nov 15 2004
POEMA (NOCTURNO)
foto: joão espinho
Soubesse eu escrever ou fosse eu poeta, ter-te ia escrito estas palavras:
Nocturno – de Eduardo Valente da Fonseca
O desenho redondo do teu seio
Tornava-te mais cálida, mais nua
Quando eu pensava nele…Imaginei-o,
À beira-mar, de noite, havendo lua…
Talvez a espuma, vindo, conseguisse
Ornar-te o busto de uma renda leve
E a lua, ao ver-te nua, descobrisse,
Em ti, a branca irmã que nunca teve…
Pelo que no teu colo há de suspenso,
Te supunham as ondas uma delas…
Todo o teu corpo, iluminado, tenso,
Era um convite lúcido às estrelas….
Imaginei-te assim à beira-mar,
Só porque o nosso quarto era tão estreito…
– E, sonolento, deixo-me afogar
No desenho redondo do teu peito…
15 de Novembro de 2004 às 16:27
Soubesse eu…
15 de Novembro de 2004 às 21:45
Muito bonito o poema que escolheste. Também não conhecia. Beijos e bom semana
16 de Novembro de 2004 às 8:59
Quando as palavas dizem mais que a verdade
Nova verdade criam, sublime e mais grandiosa
Não houvesse lido estas linhas e com esta idade
Não pensaria jamais ler peça tão preciosa
Um corpo de luz convidando lucido a Eternidade
Das Estrelas perdidas longe lá no firmamento
Sendo irmã perdida que a Lua nunca teve saudade
É minha, onde me afogo no Universo do Sentimento
17 de Novembro de 2004 às 0:36
Uma foto que vale mil palavras.
As palavras que não precisam ser desenhadas.
Muito bem. Este blog está superior.