Nov 01 2004
MOMENTOS (3)
Quando na noite de Sábado estava a acertar o relógio para a hora de Inverno, dei por mim a pensar no que me poderia acontecer se atrasasse os ponteiros para 1 ano, 2, 5, 10 anos atrás.
Significaria isso um regresso ao passado?
E que tipo de situações me apeteceria reviver?
Olhei para trás e sorri.
Os momentos bons que vivi são aqueles que posso reviver no futuro.
A magia do nascimento das minhas filhas posso transportá-la para o desafio futuro que é vê-las crescer e tornarem-se mulheres.
O resto. Bem, o resto são cortinas que rasguei e que são de um passado longínquo de que não guardo memória.
Ao olhar para o relógio, pensei que o que vale mesmo a pena é viver o momento presente e aproveitar os seus desafios.
Ainda dei mais uma espreitadela para os ponteiros e apeteceu-me levá-los para daqui a 1 ano, 2, 5, 10 anos. Fazer uma viagem ao futuro.
Mas, pensei, para quê tanta pressa, se sou eu que tenho que manter o ritmo da vida que quero para mim? Assim, voltei a pensar que o melhor mesmo é deixar que o relógio siga o seu e o meu tempo.
E esperar pela hora de Verão!
1 de Novembro de 2004 às 13:27
Sabedoria
1 de Novembro de 2004 às 17:24
O Tempo
O tempo é na verdade a medida suprema de todas as coisas.
Todos os acontecimentos precisam do suporte temporal para acontecerem. A nossa vida atravessa o tempo, e podemos medir o tempo pelas acções e interacções físicas e químicas que são a nossa máquina orgânica e o seu meio envolvente. Se de repente, tudo o que nos rodeia, passasse a andar 10 vezes mais devagar, seriamos uns verdadeiros Pepes rápidos. Se por outro lado as coisas ficassem 10 vezes mais rápidas, seriamos todos tomados pelo verdadeiro pânico duma tartaruga deixada no meio duma Auto estrada. Porém se acelerássemos as coisas e nós próprios em simultâneo não notaríamos qualquer diferença. Os acontecimentos ficariam á mesma velocidade relativa. Dizendo isto poderíamos supor que acelerando um determinado contexto 1000 vezes, condensaríamos toda uma vida nums quantos segundos. Para nós, observadores exteriores ter-se iam passado os tais segundos, numa voragem. Porem para os que vivessem esse contexto, teriam atravessado as décadas normais que a vida dum ser humano tem mais ou menos pré programado nos seus genes.
Também, podemos levar este exercício até ao limite de condensarmos toda a História do Universo a uma fracção de segundo. Guardados numa caixa especial diríamos, num Universo ao lado:- Nesta caixa estão 4500 mil milhões de anos! Começaram, agora mesmo e já passaram!- Esta constatação paradoxal levou Sr Albert Einstein a elaborar a teoria mais fascinante e original que alguma vez uma mente humana pode conceber. A Teoria da Relatividade.
O Tempo
Vivemos hoje uma época em que se quer possuir tudo o mais rápido possível.
Vivemos um Tempo sem tempo para nada.
No entanto, todos queremos ter tempo para viver.
Se o Tempo fosse a queda duma Espada
Todos quereriam ter tempo para a deter
Na verdade nada detém o tempo.
Não vale a pena ter pressas. Quanto mais depressa vivemos mais rápido o tempo passa e mais próximos estamos do nosso fim. O bom mesmo, é ver o tempo passar devagar, ver os filhos crescer, dar valor ao tempo. Não podemos parar o tempo, somos condicionados pela sua passagem e sem ele nada aconteceria. É o nosso companheiro inseparável.
Estamos condenados a estar vivos por causa dele. E será artravés dele que viveremos o nosso fim.
2 de Novembro de 2004 às 8:46
” Caga no passado, curte o presente e deixa que o futuro venha calmamente ter contigo”
Frase retirada do placard do C. A. T. de Beja (Centro de Apoio a Toxicodependentes).