Out 28 2004
Os meus leitores
O Praça da República é visitado diariamente por várias dezenas de leitores. A maior parte é, não duvido, de gente que, de uma forma ou doutra, me conhece. Ignoro as motivações que trazem as pessoas até esta Praça. Muito (muito mesmo) do que escrevo faz parte desse deleite que é a escrita. Tal como se diz no subtítulo deste blog, faço deste o meu espaço privilegiado para desabafar, quer o que me preocupa enquanto cidadão quer aquilo que me vai cá dentro. Não duvidem: o que para aqui vou deixando é o eco de mim próprio.
Dessas dezenas de leitores, alguns gostam de me comentar e, seria hipócrita se o negasse, gosto de ser comentado. É sinal que os meus escritos provocam algum tipo de reacção a quem me lê.
Destes meus comentadores quero hoje destacar um, principalmente pela criatividade dos seus comentários, eles próprios verdadeiras peças de bem escrever.
Assina como charlie e os seus comentários são uma reinterpretação, a maior parte das vezes em forma de poesia, daquilo que escrevi. Já trocamos alguns e-mails, disse conhecer-me e é, sem dúvidas, um dos meus leitores mais atentos. Tenho pena de o charlie não ter o seu blog, pois a forma como escreve merece ser lida e tenho receio que os seus escritos se percam nas caixas de comentários. Mas talvez seja assim mesmo que o charlie queira. Que seja eu a lê-lo. Não sei quem é charlie e isso para mim não é importante. Só quero deixar-lhe aqui o meu reconhecimento e um muito obrigado.
E termino com uma frase do charlie, sobre a existência ou não de uma blogosfera alentejana:
“Há de facto uma blogosfera Alentejana. O Alentejo é do tamanho do Mundo…”
Obrigado, charlie!
28 de Outubro de 2004 às 11:12
Posso garantir-lhe que não o conheço mas que isso não condiciona em nada o facto de gostar, e muito, do trabalho que faz.
Espero que continue, com a qualidade a que nos habituou, por muito tempo.
😉
(mjv)
28 de Outubro de 2004 às 11:37
Foi descoberto um tesouro da idade do ferro perto de Baleizão.Neste momento o referido achado arqueológico de um valor incalculável encontra-se no Museu Nacional de Arqueologia.Perguntamos: O que pensa a CMB fazer, o que tem o governo civil a dizer o que anda a fazer o museu regional? Será que à semelhança de outros achados arqueológicos que ao longo dos anos foram levados para èvora e Lisboa, iremos assistir impávidos a mais esta delapidação do nosso património? Carlos Agostinho
28 de Outubro de 2004 às 13:20
Charlie é tão só a cauda do Cometa. Não tem outro valor que não seja o de pôr em evidencia a grandeza do Astro
28 de Outubro de 2004 às 14:00
Voce é mesmo uma pessoa especial e rara hein, Charlie? Parabéns!
28 de Outubro de 2004 às 14:12
@charlie – sem comentários e sem respiração!!!
29 de Outubro de 2004 às 19:29
Nickonman, para heterónimos prefiro o Pessoa.Um abraço
29 de Outubro de 2004 às 19:34
@anónimo – quem é heterónimo de quem e em que caso?
29 de Outubro de 2004 às 23:23
Ninguém ouse usar o nome de Fernando Pessoa em vão.
Respeito! Pede o poeta.
E Alvaro de Campos anui
Alberto Caeiros olha alerta
Boiam farrapos de sombra
Não sei quantas almas tenho
Ricardo Reis segue o seu destino
Para ser grande sê inteiro
Quando estou só reconheço
Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.
Fernando Pessoa
30 de Outubro de 2004 às 13:14
O Charlie é um heterónimo do Nikonman.Está muito bem pensado.Não estou á espera que tu confirmes.um abraço
30 de Outubro de 2004 às 13:17
O Charlie é um heterónimo do Nikonman e o Nikonman é um heteronimo do Janeca e o Janeca é um heterónimo do João Espinho.OK?
30 de Outubro de 2004 às 13:41
essa é a melhor que tenho ouvido: charlie é heterónimo de nickonman! não sei se chore se ria, mas sinto-me bem quando vejo as pessoas sonharem e imaginarem o impossível. é sinal que estão vivas. é pena é que as suas vidas sejam tão tristes. adiante. nem mais um segundo perco com essa parvoíce, ainda por cima vinda de quem vem.
30 de Outubro de 2004 às 13:45
@anónimo (com migalhas deixadas) – só tenho pena de te ter dado tempo de antena numa posta recente.
depois, com tempo, venho aqui esclarecer os leitores de como é possível alguém ter, pelo menos, 3 identidades. só para deixar comentários na Praça. De facto é ridículo!!!
30 de Outubro de 2004 às 13:52
Oh Janeca, Há muito que não ria tão gostosamente. Então eu sou tu e tu és eu. Dito assim, já nem sei quem sou. Mas como sou anónimo, este estatuto agrada-me. Pior é para tí que tens de aturar estas melgas….anónimas
30 de Outubro de 2004 às 15:02
Estou um pouco pensativo. Na verdade até desgostoso. Se gosto de ler e acrescentar modestamente uma contribuição de vez em quando, é por que acho que o tema apresentado tem o interesse suficiente para ser comentado e/ou completado, num exercício livre de criação e interpretação. Quem escreve para o público sujeita-se ás críticas. Tenho escrito neste blog em particular, porque me revejo em muitos pontos de vista com o autor. Reconheço uma criatividade e visão poetica da vida com a qual me identifico. Mas bastaria um saber ler, para que não houvesse a mínima dúvida quanto a origem dos escritos. Nikonman dá a cara pelo que faz. Tem o seu estilo próprio. Já eu prefiro escrever e ficar anónimo, embora me indentifique com o nome Charlie. Confundir o Janeca com o Charlie é um tiro ao lado do alvo. Este Blog em particular, sendo de Beja, terra que serve ao anedotário nacional, tem mostrado que o Alentejo é muito maior que a pequenez de certos anónimos que enchem as capitais deste mundo. Irei continuar a escrever janeca apesar de tudo. Enquanto tu quiseres.
30 de Outubro de 2004 às 19:38
@charlie – continua a escrever. Já estou habituado a estas “tiradas” dos imbecis que não sabem “estar” em nenhum lugar que não seja a lama. E para esses lados eu não vou.
Obrigado pela tua contribuição, que é uma mais-valia para esta Praç.