Set 20 2004
Reverência ao destino (excerto)
“Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo,
mas com tamanha intensidade,
que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata”.
Carlos Drummond de Andrade – “Reverência ao Destino”
Set 20 2004
“Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo,
mas com tamanha intensidade,
que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata”.
Carlos Drummond de Andrade – “Reverência ao Destino”
20 de Setembro de 2004 às 21:08
Não imagina com que prazer vejo meu poeta preferido ( dos conterrâneos ) nesse blog, do país irmão. Os versos não poderiam descrever melhor a incoerência do comportamento humano, a qual temos que conviver fortalecidos e agarrados num único sentimento….. tolerância.
20 de Setembro de 2004 às 22:41
parabéns … esse excerto fez-me viajar por algumas lembranças que, para mim, serão eternamente doces.
20 de Setembro de 2004 às 22:58
Eterno é tudo enquanto dura. Que durou sempre. Houve sempre eternidade? Será a eternidade eterna? Se algo não tem principio nem fim, existe para todo o sempre mesmo antes do princípio dos tempos, e para além destes quando os tempos tiveram acabado?
Se algo assim nem de suporte precisa para existir, nem de Universo de máteria ou de funções temporais que lhe suportem e meçam a existência, o que é então a Eternidade? Apenas uma partida dos nossos sentidos, um paradoxo do nosso raciocínio ou algo que está para além da nossa compreensão?
O eterno como antimetáfora da nossa minúscula existência; um relampejo de matéria organizada que reflete sobre ela própria, e sobre o universo….
Sabemos o que é eterno?
Não! Mas temos toda a Eternidade para tentar descobrir e compreender…..
20 de Setembro de 2004 às 23:15
@agatha – a tolerância tem sido considerada, quando em comparação com, por exemplo, a justiça ou a coragem, como uma “pequena virtude” (conceito filosófico desajustado). Mas sabemos que a intolerância gera o ódio e a agressividade. A tolerância deve proteger-se, para que não se torne ela mesmo em intolerância. Talvez volte a este tema – a tolerância – e fale um pouco do que Karl Popper intitulou de “paradoxo da intolerância”.
Obrigado pelas suas visitas.
20 de Setembro de 2004 às 23:18
Escrevi uma breve reflexão no meu blog sobre a cultura que não temos em Beja…e que poderiamos ter.
quem fala é uma bejense farta do vazio dos dias passados na cidade.
abraços
marta
21 de Setembro de 2004 às 1:24
Este poema é muito bonito, são lições de alguém experimentado.
21 de Setembro de 2004 às 12:10
Em vez de escreverem acerca dos vcs umbigos, porque não olham um pouco mais longe e encetam uma discussão acerca da cidade que temos e da cidade que sonhamos.Era muito interessante saber as vossas opiniões , se é que as têm.Estou cansado de pólis e mais pólis, pois o que verdadeiramente interessa é saber se em beja existe vontade politica, massa critica, criadores culturais, projectos sustentados, população esclarecida ou interessada, trabalho de formação de publicos , porque parece que ainda não se percebeu que para que uma cidade cresça culturalmente nao basta ter bons e modernos equipamentos.Os exemplos são mais que muitos …Uma politica cultural tem , em minha opinião, que assentar numa estratégia que ligue a cultura a educação e o conhecimento cientifico e tecnológico. Beja é um deserto de ideias, nao existe uma vontade politica esclarecida, não há um trabalho coerente e inovador de apoio aos criadores locais, não existe uma política de formação de publicos, as escolas aos mais variados niveis limitam-se a reproduzir a ignorância da generalidade dos seus professores, alguém que surge e marca a diferença ou deixa a cidade ou é esmagado pela principal praga de Beja: a inveja.Até rima..rs.Podemos ter equipamentos culturais, eventos, muita actividade… que o tempo se encarregará de apagar, se a cidade e a sua população continuarem a calçar os chinelos e a terem a Paula 1 e a Paula 2 como locais preferidos de socialização e entretenimento…Beja é isto, as suas p+essoas e temos que admitir que a esmagadora maioria vive á volta do seu umbigo… desculpem este desabafo de um bejense desiludido…
21 de Setembro de 2004 às 23:37
Olá nikonman! Gostei que gostasses de mim, eu também gostei da forma como “me agarraste”. Um beijo.
21 de Setembro de 2004 às 23:40
Olá nikonman! Gostei que gostasses de mim, eu também gostei da forma como “me agarraste”. Um beijo.
22 de Setembro de 2004 às 11:55
Estes poemas são uma maravilha.
vale a pena ler o poema na íntegra. Enche a alma.