Jul 18 2004
CÉLIA -26-
Tornou-se num hábito trocarmos os nossos “Bom Dia!” de uma forma rápida, telegráfica. Um gesto de e a marcar presença. A ausência desta fórmula cria-nos logo uma torrente de questões: “Então, está tudo bem?”.
Nesse dia apeteceu-me dizer-lhe algo mais. Explicar-lhe que o espaço agora parcialmente ocupado esteve antes vazio, muito vazio, completamente nu. E dizer-lhe que sabia exactamente a dimensão desse vácuo.
E Célia deve saber isso. De outra forma não me teria arremessado com um “Quando abrires a porta, estarei lá para penetrar e ocupar esse espaço”.
Não tenho dúvidas que, para se fazer luz, alguém tem que clicar no interruptor.