Jun 07 2004
AS RECEITAS DO VEREADOR
Lido o artigo de Vítor Silva – vereador da Câmara de Beja e administrador do POLI’s, algumas considerações:
1 – Percebe-se que VS não gosta de críticas. Seria preferível que os munícipes calassem a indignação. E é deselegante na apreciação que faz a quem manifesta a sua opinião. Esquece-se que são os munícipes que pagam o(s) seu(s) salário(s) (os parêntesis nos plurais, devem-se a que desconheço se VS aufere algum vencimento enquanto membro do POLI’s). Ignora que é um eleito. E que o foi para resolver problemas e não para os criar.
2 – VS fala da Praça da República. Fico na dúvida. A que Praça se refere o vereador? A que descreveu neste seu artigo é um sonho. É virtual. E Praça virtual só conheço uma. Esta onde agora estou a escrever, que é visitada diariamente por gente de todos os cantos do Mundo e que vai crescendo à medida que o tempo passa. Na minha Praça não há “sombras generosas de tílias”, mas há espaços para todos. A Praça da República que existe em Beja é hoje um lugar abandonado. Os bejenses viraram as costas à Praça. Como vão virar ao Centro Histórico da cidade, tão acarinhado por VS, se prosseguir a falta de bom senso e se se continuar a aplicar medidas urbanísticas mal delineadas.
3 – Os eventos. Recentes. São para VS a cereja em cima do bolo.
Se houvesse em Beja uma Associação de Comerciantes que efectivamente defendesse os interesses dos seus associados, a tal passagem de modelos seria promovida pelos comerciantes locais e não pela grande superfície que, curiosamente, “rouba” clientes ao comércio tradicional instalado no Centro da cidade (o que ainda lá resta). Fica bem a uma Câmara comunista dar a mão a um empresário a quem, seguramente, já chamaram capitalista (Belmiro de Azevedo agradece).
O Encontro das estruturas associativas do concelho que ali se realizou é também, para VS, mais um exemplo da vida que a Praça pode vir a ter. Para além de não compreender bem os resultados atingidos com este Encontro, é evidente que nem esta nem nenhuma outra Praça sobreviverá com a promoção de eventos que não mobilizem a população. E aquele Encontro não mobilizou.
4 – Para terminar o artigo, VS cobre o bolo com o apetecível “chantilly”. E cito:
“A principal diferença é que esta praça, a nova Praça da República, ultrapassou a dimensão do convívio e do lazer, que já havia experimentado depois de se ter libertado da ocupação abusiva a que o automóvel a sujeitou durante vários anos, e saboreou, de novo, o exercício da função cívica que lhe faltava. E que bem que o fez! Fê-lo tão bem, que foi como se estivéssemos assistindo ao renascer da ágora, há muito adormecida no esplendor desta grande praça.”
Um verdadeiro delírio. Vou já amanhã, e uma vez mais, à Praça. Para ver isso que nos relata VS.
7 de Junho de 2004 às 10:00
Não sejas assim, Nikonman! Se calhar o que o Exº Sr. Vereador queria referir são as lindíssimas e artísticas tabelas de basquete lá instaladas, em pleno centro da Praça.
Dá gosto vê-las! O enquadramento é excelente. Saberás quem foi o paisagista que as recomendou?
7 de Junho de 2004 às 10:03
@carlos – és muito mauzinho. Ai essa tua falta de sensibilidade…..
7 de Junho de 2004 às 19:01
tambem li o artigo. O homem estava a delirar quando o escreveu. só pode. Não acredito no que li e acho que ele tb não acredita no que escreve.Será que o Sr está a gozar com todos os que vêm no que a praça se transformou?? eu passo lá muitas tardes e não consigo ver nada daquilo que o Sr vereador escreve na sua crónica. Será que sou eu que tenho falta de vista? Deve ser isso
7 de Junho de 2004 às 20:01
Devo estar cego. Não vejo nada do que o senhor diz…
7 de Junho de 2004 às 21:47
Tentei fazer um comentario à conversa do homem, mas desisti. Senão tinha que ser menos educado e esta praça não merece.
10 de Junho de 2004 às 15:44
O Sr. Vereador VS está muito contente com a nova funcionalidade da praça da republica. Seja ela qual for, não é seguramente em prol do progresso da zona histórica. Tais medidas põem em risco centenas de pequenas empresas, que são na nossa cidade de uma importância fulcral na economia bejense. Perante isto Sr. Vereador pode regozijar-se da meia dúzia de miúdos que diariamente frequentam a praça, mas de certeza lhe irá pesar na consciência as centenas de famílias a que o Sr. está a empurrar para a miséria (possivelmente também as familias dessas crianças que brincam na dita), se as suas empresas abrirem falência devido ás novas funcionalidades desta sua nova zona histórica. Esperava que o Sr, tivesse mais sensibilidade para este tipo de problemas, mas como todos já constatamos, tal não possui, peço-lhe a que pelo menos se aconselhe com os diversos técnicos que a sua câmara possui. Se não inverter este tipo de situação só lhe posso dizer Sr. vereador o seguinte: Que Deus lhe perdõe.