A semana passada estive ausente deste espaço, por motivos vários, pelo que hoje me referirei a 3 assuntos.

O primeiro prende-se com as comemorações do 30º aniversário da fundação do PSD.
Das várias actividades que foram levadas a cabo destaco uma com a qual não posso estar mais em desacordo. Foi um almoço que o Presidente do Partido promoveu com 38 mulheres que, recentemente, decidiram aderir ao Partido. Pareceu-me que a escolha destas 30 e tal novas militantes foi feita de uma forma cirúrgica. Isto é: escolheram-se mulheres que estão a desempenhar funções de confiança política e a quem se atribui o adjectivo de “mulheres de sucesso”.
Algumas aderiram ao PSD já depois de nomeadas para os cargos que desempenham.
Outras terão aderido pouco antes dessas nomeações.
Tudo isto é legítimo e certamente que se verifica por outras paragens.
No entanto, custa-me ver que aquelas mulheres, anónimas, sem cargos, a quem o PSD tanto deve, não vejam reconhecida a sua entrega desinteressada à causa social-democrata. Certamente que não foram só 38 as mulheres que agora aderiram ao Partido. Pelo que esta segregação e distinção é uma injustiça nada digna de um Partido social-democrata e inter-classista.

A minha segunda nota relaciona-se com a decisão do 1º Ministro em adiar uma visita de Estado ao México para ….. ir assistir a um jogo de futebol. É verdade que o País necessita de se promover lá fora, que a final da Taça dos Campeões Europeus é uma boa ocasião para o fazer, mas será que Durão Barroso adoptará a mesma atitude quando, por exemplo, atletas portugueses eventualmente estiverem nas finais dos próximos Jogos Olímpicos? Será que o Governo suspenderá a sua actividade para apoiar os deficientes que representarão Portugal nos Jogos Para-Olímpicos de Atenas? Espero bem que sim. Em nome da igualdade.
A minha última nota refere-se a uma notícia que surgiu esta semana na edição on-line do jornal Expresso, posteriormente divulgada nos noticiários das rádios de referência, e que foi de imediato desmentida. Dizia uma estagiária de jornalismo que a Autoridade Nacional das Comunicações pretenderia acabar com os blogs.
Apesar do veemente desmentido, sou daqueles que acham que não há fumo sem fogo.
Já todos percebemos que os blogs incomodam muita gente. E não são só os governantes e políticos que se sentem incomodados. Deverá haver nas redacções de alguns meios de comunicação muitos que gostariam de calar os blogs.
Por isso, estaremos atentos às investidas que poderão vir a ser feitas a estas páginas que mais não são do que o espelho da Liberdade de expressão.

Bom dia e bom fim-de-semana.