Mai 13 2004
CÉLIA -16-
Sentou-se de uma forma distendida. Pouco usual para quem enfrentava pela primeira vez a lente de uma máquina. Agarrou no malmequer e com ele cobriu suavemente o seu rosto. Sugeri-lhe que se cobrisse com aquela seda quase transparente e inclinasse ligeiramente o torso. A luz difusa iluminou os seus seios deixando na penumbra o rosto que, curiosamente, se confundia agora com a flor.
A seda, ao descair, revelou a beleza do seu corpo. Num movimento alongado, a imagem penetrou na película, gravando um momento que identifiquei como belo.
Pousou a flor no ventre.
A luz continuou difusa.