Arquivo de Março de 2004

NO DIA DO PAI

19 de Março de 2004

Serei eu

O pai-comandante, que dá ordens a torto e a direito?
O pai-professor, que até na praia prega lições às filhas?
O pai-artista-de-cinema, que faz de super-homem
O pai-informático, que se passeia na Internet?
O pai-palhaço, que adora rir e brincar?
O pai-bombeiro, que acode nas aflições?
O pai-fotocopista, que quer as filhas feitas à sua imagem?
O pai-mecânico, que acha que elas têm um parafuso a menos?
O pai-pintor, que se está nas tintas?
O pai-cavaleiro, que as põe com a rédea curta?
O pai-detective, que espia todos os passos das filhas?

Sei que sou pai!

(adaptação do livro de Luísa Ducla Soares e Pedro Leitão “Pai, querido pai!”- Terramar,2003

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FOTOGRAFIA: CHRIS BUCK

18 de Março de 2004

CHRIS BUCK é canadiano (Toronto) e vive nos EUA desde o princípio dos anos 90.
Trabalha para a Esquire, Vanity Fair, Outside, Blender, Q e The New York Times Magazine.
Do seu imenso portfolio fazem parte retratos de gente famosa, como é o caso da imagem que se apresenta aqui, de William Burroughs.
A sua webpage é de fácil navegação.
Aconselho uma visita demorada.


William S. Burroughs

foto de Chris Buck
editor: Maureen Littlejohn (Network)
25/Abril/1989
Quarto de Hotel – Toronto

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ALENTEJO – UM DEBATE

17 de Março de 2004

Teve ontem lugar o debate, aqui anunciado, sobre a .Nova organização administrativa do território..
Com uma casa bem composta, na sua maioria por autarcas ou gente afecta aos diversos partidos, interessava aferir naquele fórum as diversas sensibilidades sobre este tema.
Conhecendo-se à partida qual a posição oficial dos partidos políticos, restava saber se algum dos autarcas se distanciaria desse posicionamento.
Interessava-me saber se Carreira Marques, edil de Beja, que há uns tempos vinha dando sinais de afastamento relativamente à posição oficial do PCP, confirmaria a sua opção por uma Comunidade Urbana do Baixo Alentejo e Litoral Alentejano.
Importava-me conhecer até que ponto os defensores de uma região única para o Alentejo, defenderiam acerrimamente os seus pontos de vista e com que argumentos.

Não estive até ao final do debate, mas retive o essencial:

– Que todos pretendem um Alentejo uno; discordam, no entanto, da forma como lá se deve chegar;
– Que a maioria considera a nova legislação como não sendo a ideal, mas que revela factores positivos, tendo em vista a necessidade de uma efectiva descentralização;
– Que o PCP não abdica da sua bandeira de sempre: um só Alentejo, e já!

No entanto, não mentirei se disser que a revelação da noite foi a posição assumida pelo Presidente da Câmara de Beja. Regressando aos velhos tempos da ortodoxia, Carreira Marques apresentou-se como mais um entre os seus. Para quem esperava que o autarca de Beja se havia renovado, teve ontem a prova de que, afinal, os tempos de renovador e de independência de pensamento foram sol de pouca dura. Carreira Marques, para além de desgastado, está acantonado às deliberações e directivas do Comité Central do seu Partido. O que é bom para o PCP, e não obrigatoriamente para o Alentejo.

Por agora, fico-me por estas breves considerações.

PS: sobre este assunto, leia-se o que escreve o Ideias Soltas.

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EXPOSIçÃO DE PINTURA

16 de Março de 2004

Na Sala de Exposições do Instituto Politécnico de Beja, desde ontem e até dia 28 de Março, Toucinho da Silva expõe cerca de 60 telas que “representam uma pintura figurativa, decorativa e realista/naturalista”.
(mais…)

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AGRADECIMENTOS

16 de Março de 2004

Agradeço a todos os que, de uma forma ou outra, durante estes últimos dias, se têm referido ao Praça da República, pelo destaque que o Paulo Querido lhe deu na última edição da Revista “Única” (Expresso, 13/3/2004).
Quer através de mail, sms, viva voz e destaques em diversos blogs, têm sido várias as referência.
A todos, muito obrigado!

Pela questão levantada, transcrevo o que o Paulo Oliveira deixou escrito num comentário aí em baixo:

Olá conterrâneos.

Não sei se ainda vos posso cumprimentar assim, pois embora “nado e criado” em Beja, já há mais de 20 anos que aí não vivo. Não sei se vos deva dar os parabéns pela reportagem no Expresso ou se vos devo dar os pesâmes por serem assim como que um blog de segunda, leia-se “blog de provincia”.

Não consegui foi ficar impávido perante esta apresentação de uns jeitosos aí da província, que até já teem um blog.

Um abraço de bem-haja aí para o pessoal…

Paulo Jorge Oliveira“.

A questão já foi levantada na blogosfera: existem “blogs de província”? Ou serão “blogs locais”, como prefere o Paulo Querido?

Faz sentido discutir esta questão?

Talvez!

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ESPANHA, ELEIçÕES E TERRORISMO (2)

16 de Março de 2004

O meu post anterior mereceu de um amigo as seguintes questões:

” Alguém duvida

1- Que, se o PP não tem percebido que poderia perder as eleições, nunca se lembraria de esconder a

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ESPANHA, ELEIçÕES E TERRORISMO

15 de Março de 2004

Questões

Alguém duvida:

1 – Que, se não fossem os atentados de 11/3, o PSOE não ganharia as eleições?

2 – Que o PSOE, uma vez no poder, vai mandar retirar as tropas espanholas do Iraque?

3 – Que, mais do que o PSOE, o grande vitorioso do acto eleitoral espanhol foi o terrorismo?

4 – Que a Europa ficou mais vulnerável a atentados?

Questões para reflectir.

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CÉLIA -12-

14 de Março de 2004

Mas afinal onde conheceste o Jin Li? Queria aproveitar aquele momento de fragilidade. Seria a ocasião para lançar os habituais sofismas sobre comportamentos, ligações! Agora era Célia, pensei eu, quem se debatia com as suas dúvidas, depois de provocar uma saída. Desejada.
Não terás sido inocente na tua escolha? Joguei eu, triunfal.
“Já reparaste que não há escolhas com conteúdo definitivo?”.
Apeteceu-me incomodá-la, falando-lhe dos mistérios que se prendem ao coração.
Não me deu tempo: “Tens as tuas memórias; são pequenas gotas de felicidade, até que se transformem em lágrimas de tristeza”.

Afinal Célia já fez a sua escolha!

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OS BLOGS DA PROVíNCIA

13 de Março de 2004

O texto publicado no Expresso de Sábado, 13 de Março, está reproduzido aqui.

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FOTO DA SEMANA

13 de Março de 2004

(a imagem deixou de estar disponível no servidor do alandroal)
in Alandroal

O Paulo escreveu, o Expresso publicou e o Luís registou.
Interactividade na blogosfera.

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DISCUTIR A DESCENTRALIZAçÃO

13 de Março de 2004

Na próxima Terça-feira, dia 16, pelas 21H00, o auditório do Instituto Politécnico de Beja receberá um painel de convidados que irão discutir “A nova organização administrativa do território“.
Moderados por Toucinho da Silva, estarão à conversa João Paulo Ramoa, governador civil de Beja, Carlos Beato, presidente da Câmara Municipal de Grândola e também da Associação de Municípios do Distrito de Beja, Carreira Marques – presidente da autarquia de Beja, Luís Pita Ameixa – autarca de Ferreira do Alentejo, e José Raul dos Santos – presidente da Câmara Municipal de Ourique.

Prevê-se casa cheia!

(notícia DA)

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CRÓNICA RÁDIO PAX

12 de Março de 2004

Antes de mais, não posso deixar de expressar o meu mais indignado sentimento de revolta perante o atentado terrorista levado a cabo na manhã de ontem em Madrid. Nunca pensei que na raça humana pudesse existir tanto ódio. Ou então estamos perante uma outra raça, que deverá ser tratada como uma praga e por isso aniquilada. Para bem das civilizações contemporâneas.

Já muito se disse e escreveu sobre as obras a que a cidade de Beja tem vindo a ser sujeita nestes últimos tempos. Decorrentes da intervenção conhecida como POLI’s, os estaleiros vão surgindo aqui e acolá, a cidade vai-se esventrando e os resultados vão ficando à vista de todos nós.

Não sei se estas intervenções no tecido urbano bejense tiveram em conta preocupações de carácter ambiental, desconfio que não tenha sido salvaguardada uma antevisão para que as gerações futuras não venham a ser penalizadas pelas más decisões do presente e tenho a certeza que a informação sobre o projecto foi deficiente, não tendo havido um envolvimento da população e dos agentes económicos neste processo de transformação da cidade.

Tenho por vezes a sensação que todo este projecto foi feito baseado no pressuposto de que, ou se faz agora ou nunca mais se faz, com as evidentes deficiências das coisas que são feitas para cumprir calendários apertados ou, falando claro, das coisas que são feitas à pressa.

Os locais onde foram feitas as intervenções apresentavam, é verdade, ameaças de degradação e desagregação.
Porém, é evidente que não foram salvaguardadas, com eficiência, algumas características históricas e culturais assim como foram esquecidas as relações do cidadão com o seu meio.

Posto isto, e apesar de poder vir a ser acusado de injusto, este POLI’s parece ter sido conduzido sem prudência, com pouco rigor e manifesta falta de método.

Interessava saber até que ponto se teve em conta um eventual Plano de Salvaguarda do Centro Histórico onde, obviamente, constam dados arqueológicos, históricos, arquitectónicos, sociológicos e económicos a serem respeitados numa operação urbanística desta envergadura.

Questiono, também, se alguém se ocupou, com rigor, dos aspectos parcelares, como sejam, por exemplo, a implantação de novos objectos escultóricos e o seu enquadramento harmonioso com o volume, estilo e escala do meio onde foram implantados.

Pergunto-me que critérios terão estado na mente dos que projectaram o novo mobiliário urbano, que delinearam a iluminação dos sítios intervencionados e que criaram, ou deveriam ter criado, espaços livres, plantados, arejados e de recreio.
Olhando para o que está feito, fica-me uma certeza: foi cirurgicamente estudada a forma de como acabar com a circulação automóvel no interior da cidade, mas não se cuidou de criar alternativas efectivas e eficientes.
Este projecto, o POLI’s, terá que suportar, até ver, com o pecado de ter posto o cidadão de relações cortadas com a sua cidade.
E isto não se faz!

Bom dia e bom fim-de-semana!

12/3/2004

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